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​Área Interna

1.

Ainda Viva, 2007           
Mármore e maçãs
Mesa de mármore 52 × 150 × 600 cm, cerca de 300 maçãs e 21 cubos de mármore (formas variadas, 12 × 12 × 12 cm)
Mesa: Coleção da artista, São Paulo – SP
Cubos: Coleção Ana Amaral Ferraz (4 peças), Coleção Gruenewald Reisen (3 peças), Coleção Guilherme Sobral (1 peça), Coleção Lina e Jaky Diwan (4 peças), Coleção Otavio Roberti Macedo (5 peças), Coleção Suzana Cha (4 peças) – São Paulo – SP 

 

 

Sob e sobre uma grande mesa de mármore,  maçãs reais permanecem dispostas durante o período da exposição enquanto o seu perfume pode ser sentido de muito longe. As maçãs apodrecem no seu tempo, aumentando o perfume da sala.

 

 

2.

Corrente, 2024     
Latão banhado a ouro
273 × 8 × 8 cm
Coleção Ricardo Brito, Ribeirão Preto – SP

 

 

3.

TRIZ, 2024 
Aço inoxidável, máquinas de fumaça, latão e latão cromado
Dimensões variáveis
Coleção da artista, São Paulo – SP

 

O primeiro insight para a obra “TRIZ”, aconteceu em maio de 2023 quando vi a pintura “As Tentações de Santo Antão” do pintor Hieronymus Bosch, que pertence ao Museu de Arte Antiga de Lisboa. Existem nela algumas figuras compostas por uma espécie de “narizes-cones” que emitem fumaça. Com essa imagem na cabeça, fui atrás de construir esses cones que remetessem a essas figuras. Foi então que descobri a fábrica de instrumentos musicais “HS”, que ficou responsável por construir essas estruturas. Para conseguir que a obra se completasse, eu precisava criar um mecanismo capaz de emitir a fumaça do seu interior, portanto acionei meus parceiros Marília Teixeira e Daniel Zagati que me ajudaram a realizar esse mecanismo.

4.

 

Full Half Hour I, II, III e IV, 2014
Vidro, alumínio e areia
Dimensões variáveis
Coleção Marina Linhares, São Paulo – SP

 

Em "Full Half Hour I, II, III e IV" as diferentes escalas e formas presentes na escultura nos revelam dilatações variadas do tempo. 
A última peça dessa série encontra-se na saída do museu.

5.

 

Sem Título, 2011/2025  
Alumínio e pó de mármore
50 × 50 × 50 cm
Coleção da artista, São Paulo – SP

 

A partir de um único módulo, repetido em diferentes posições, formam padrões. A junção das peças brincam com o olhar do observador em um looping de formas internas e externas.

 

 

6.

Corrente, 2024
Latão banhado a ouro
384 × 9 × 9 cm
Coleção da artista, São Paulo – SP

7.

 

Todas as Graças, 2018 
Latão repuxado
7 peças Ø 60 cm, 7 peças Ø 30 cm
Coleção da artista, São Paulo – SP

 

"Com Todas as Graças, Laura Vinci nos interpela e instiga a ir além da trivialidade visual para decodificar a temporalidade impressa nas superfícies, restituindo a memória ao corpo e as histórias à arte. “Toda essa história está contida nas minhas Graças”, diz Laura, vendo nas imagens da arte, antes de tudo, imagens de imagens, condensações de tempo. [...] O enigma que resiste nestas obras remete à tensão inerente da arte, entre matéria e luz, o perceptível e o legível, opacidade e transparência, “presença material bruta e discurso codificando uma história”. Mas o que são essas “imagens” que embaralham natureza e história? Para além do instante em que vivem na experiência, as obras-imagens têm uma sobrevida que se estende além da impressão; elas se desdobram em sequências de outras imagens, se sobrepõem e se associam em redes. O que é a memória senão compilação de imagens? Uma vez “carregadas de tempo”, diz Agamben, as imagens saturadas “se tornam história”. Há, portanto, uma vida das imagens a ser compreendida, uma temporalidade a ser desvendada, que a artista perscruta com fina consciência de uma natureza desconhecida que subjaz ao mundo físico e à memória da arte."
— Virgínia Aragonés

8.

 

Morro Mundo, 2017
Vidros borosilicato, máquinas de fumaça e escoras metálicas   
Dimensões variáveis
Coleção da artista, São Paulo – SP

 

“O poeta francês Stéphane Mallarmé dizia fumar para colocar um pouco de fumaça entre ele e o mundo. Como se ela, fumaça, fosse uma espécie de lente ou escama, cabana ou anti-cabana mágica, mas sempre algo entre.

Laura Vinci, cujos trabalhos sempre foram sensíveis aos diferentes estados e vibrações da matéria, sabe, porém, que tudo é fumaça, cerração, névoa, nevoeiro. E a neblina um contorno espiritual. Não há um fora da neblina. Diadorim era a minha neblina, escreveu Rosa. Tudo névoa-nada, o Eclesiastes. Todos os homens, por serem homens, estão na neblina, queiram no ou não queiram, Vilém Flusser. Uma neblina que aqui, em Morro Mundo, tem marés altas e marés baixas. E nos submete a constante flutuação do ponto de vista. É quando a matéria do mundo em ondas nos dança. Quem diz cerração, diz limiar.

Mas no princípio, concretamente, é a tubulação de vidro, esse inimigo do mistério, que já exibe a fumaça, ainda contida, quase amarrada, como um bicho, prestes a saltar, até ser finalmente liberada pelo acionamento dos sensores de presença e ir enrodilhar seu corpo por cada canto de espaço, engolindo-o e nos engolindo.” 
— Carlito Azevedo

 

 

 

 

9.
Corrente, 2024   
Latão banhado a ouro
384 × 9 × 9 cm
Coleção da artista, São Paulo – SP

10.

 

Solitárias, 2025 
Latão banhado a ouro
Dimensões variáveis
Obra produzida com recursos do edital ProAC – PNAB 25/2024, MuBE, São Paulo – SP

 

Solitárias são suspensas por finas correntes diretamente ligadas na estrutura superior da galeria, como relíquias de um futuro em que as excentricidades singulares de nossa Terra deixaram de ser notadas. O trabalho convida o espectador a ver-se como parte integrante desse ambiente pulsante, onde seu próprio corpo está presente no continuum. Junto a esse grupo algumas Solitárias se movimentam em seu próprio eixo.

 

11.

Máquina do mundo, 2005
Metal, motor, plástico e 10 toneladas de pó de mármore 
Dimensões variáveis
Coleção Inhotim, Brumadinho – MG

 

Na Máquina do Mundo, a transferência da matéria pó é feita horizontalmente e através da máquina, esse novo componente, que emprestei do poema do Drummond. Na verdade, ela tomou forma por causa do poema – a minha Máquina do Mundo transporta quase que unitariamente cada grão do pó de mármore, num silêncio de minério, como se carregasse para lá e para cá a história da escultura em pó. Todo aquele mármore talvez guarde, na sua pilha, possíveis eternas esculturas. E talvez comente, grão por grão, a nossa precária transitoriedade.

 

 

Área Externa

12.

 

Pêndulos, 2024
Motor, latão e alumínio   
Dimensões variáveis
Coleção da artista, São Paulo – SP

 

13.
Duas Graças, 2016
Mármore 
Ø 100 × 110 cm
Coleção Silvia Velludo e Marcelo Guarnieri, Ribeirão Preto – SP

 

Na mitologia grega as três graças eram as deusas do encantamento , da beleza e da fertilidade. Filhas de Zeus e de Hera, eram associadas a Afrodite, deusa do amor. Seus nomes mais frequentes eram: Aglaia, a claridade; Tália, a que faz brotar flores; Eufrásia, o sentido da alegria. Aparecem também na mitologia romana, ligadas a Vênus. Esse mito continuou a ser representado por toda a história da arte. No renascimento, na Primavera do Boticelli , aquele grupo de três deusas do lado esquerdo do quadro; Numa pintura de Rafael de 1505. Aparece no Barroco em Rubens. No neoclassicismo na escultura de Canova. No início do modernismo com a Três graças de Mailoll. E Rodin fez sua versão masculina, com as três sombras, para a parte superior da porta do inferno. A graça das três sombras de Rodin é que o conjunto é feito da mesma escultura, por ela ter uma torção corporal tão extraordinária, consegue dar ao conjunto um movimento riquíssimo.

 

 

14.

No ar, 2010/2017
Sistema de aspersão 
Dimensões variáveis
Coleção MuBE, São Paulo – SP

Quando fui para a Austrália pela segunda vez, em 2004, conheci um sistema de vaporização a frio que passei a desejar usar em algum trabalho. Não fiz um, mas vários,  em  Cuenca, Lisboa, Pádua e São Paulo.  O sistema é muito simples: pequenos bicos de aspersão, funcionando em alta pressão, são acionados por uma bomba que faz com que a água saia com tamanha força que suas gotas ganham uma característica incomum, entre o estado gasoso e o líquido.

15.

 

Sombras, 2023 
Mármore Espírito Santo
43 × 150 cm
Obra produzida com recursos do edital ProAC – PNAB 25/2024, MuBE, São Paulo – SP

A partir de uma inversão na maneira de fazer o desenho, surgiram as Sombras, três formas brancas idênticas que ficam expostas paralelamente em ângulos opostos, propondo diferentes sensorialidades.

 

 

16.

Sem Título, 2014  
150 peças de mármore
53,2 × 13 × 7,9 cm cada
Coleção da artista, São Paulo – SP

A partir de um único módulo, repetido em diferentes posições, formam padrões. A junção das peças brincam com o olhar do observador em um looping de formas internas e externas.

 

17.

Pilarzinho, 2024
Mármore  
33,5 × 33,5 × 120 cm cada
Coleção da artista, São Paulo – SP

 

 

18.

Meninas, 2023
Quartzito Yosemite Falls
40,9 × Ø 100 cm  
Coleção da artista, São Paulo – SP

A obra “As meninas” nasceu do encontro que eu e Marília Teixeira tivemos com Flávia Madeira em seu ateliê no período em que ela estava regressando da Itália com suas novas jóias. As formas de repuxo que Flávia utilizou para a criação da sua nova coleção me inspiraram para a criação destas peças. O título “As Meninas” é uma homenagem às duas, Flávia e Marília.

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