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Tony Cragg, McCormack, 2007. Bronze. 117x130x75 cm. Copyright Tony Cragg. Foto: Charles Duprat

Tony Cragg

Espécies Raras

até 01 Mar 2020

Tony Cragg, britânico radicado na Alemanha, está entre os mais importantes escultores da atualidade e é um dos raros artistas que trabalha com grande diversidade de materiais e revela familiaridade com todos eles.

 

A mostra apresentada no MuBE, além de desenhos, traz esculturas em madeira, bronze, aço, pedra, alumínio e vidro. Sua produção nos revela uma relação íntima entre os materiais escolhidos e a aparência final de cada peça, mesmo que algumas cores fortes talvez nos iludam.

 

Ao lado de desenhos, campo do exercício do pensamento, as obras tridimensionais do artista ganham uma história, como se pudéssemos ver as linhas e os planos que deram origem às suas estruturas. O desenho, mesmo que tenha sua autonomia como obra, é uma espécie de matriz do pensamento e também um desdobramento de sua pesquisa visual.

Tony Cragg não parece partir da oposição entre figuração e abstração. Essa divisão simplista não é suficiente para a experiência que temos com sua obra. Mesmo que o corpo humano, objetos familiares ou paisagens imaginárias possam ser identificados em alguns de seus trabalhos, suas esculturas nunca perdem a ambiguidade originária. Os títulos indicam caminhos para aproximações, mas não deixam de abrir outras possibilidades e manter algo de indeterminado. Suas formas são simultaneamente naturais e artificiais, orgânicas e geométricas, simples e elaboradas.

 

Elaborada para o MuBE, a mostra, que irá itinerar em outras instituições pelo Brasil, apresenta um recorte que enfatiza obras realizadas desde os anos 2000, mas traz ainda peças fundamentais feitas na década de 1990. O MuBE, ao apresentar um dos mais premiados artistas do mundo, está colaborando para ampliar não apenas o repertório e o olhar sobre a escultura contemporânea, mas também para a reflexão sobre a ocupação do espaço. 

Tony Cragg trabalha com destreza com a escultura em diferentes escalas, desde as mais monumentais, feitas para área externa, até as de dimensões menores, com poucos centímetros. A presente mostra se relaciona de modo franco com a arquitetura do museu que foi concebido como um espaço público indissociável da cidade. E as peças de Tony Cragg, em sintonia com a linha curatorial do MuBE, em vez de serem fechadas em si mesmas, agem sobre o espaço ao redor e em todo o ambiente que as circunda.

Cauê Alves, Curador Chefe do MuBE

+ Algumas das obras em exibição

+ Imagens da montagem

+ Vistas da exposição

Rare Species

through Mar 01, 2020

Tony Cragg, a British artist residing in Germany and one of the most important sculptors in the world today, is one of the rare artists who works with a wide range of materials and displays familiarity with all of them.

Besides drawings, the show presented at MuBE features sculptures in wood, bronze, steel, stone, aluminum and glass. His production reveals an intimate relationship between the chosen materials and the final appearance of each piece, even though some strong colors can mislead us.

Shown alongside his drawings – which are themselves a field of exercise for thought – the artist’s tridimensional works gain a history, as though we could see the lines and planes that gave origin to their structures. The drawings, even though they are autonomous artworks in their own right, are a sort of matrix for thinking and also an unfolding of his visual research.

Tony Cragg does not seem to base his work on the opposition between figuration and abstraction. This simplistic division is not sufficient for the experience we have with his work. Even though the human body, familiar objects or imaginary landscapes can be identified in some of his works, his sculptures never lose their original ambiguity. Their titles indicate paths for approaching them, but also open other possibilities, while keeping something indeterminate. The forms of his sculptures are simultaneously natural and artificial, organic and geometric, simple and elaborate.

 

The show prepared for MuBE, which will travel to other institutions around Brazil, presents a selection that emphasises works made since the 2000s, but also features fundamental pieces from the 1990s. By presenting one of the most highly acclaimed artists in the world, MuBE is collaborating to enlarge not only the repertoire and perspectives on contemporary sculpture, but also the reflection on the occupation of space.

Tony Cragg works skillfully with sculpture on different scales, ranging from the most monumental, made for external areas, to very small-scale ones measuring just a few centimeters. The present show bears a frank relationship with the architecture of the museum, which was conceived as a public space indissociable from the city. And the pieces by Tony Cragg, in tune with the curatorial line of MuBE, instead of being closed in on themselves, act on the surrounding space and on the entire environment around them.

Cauê Alves, MuBE Chief Curator

+ Some of the works on view

+ Behind the scenes

+ Exhibition views

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